sábado, 4 de setembro de 2010

OS NOMES NA TELA


"Os melhores planos de batalha, como muitos generais têm aprendido ao longo da vida prática, freqüentemente não resistem aos dez primeiros minutos de combate. O que estava previsto nos cálculos não acontece como deveria acontecer; acabam acontecendo, em vez disso, coisas que ninguém previu. O inimigo insiste em reagir como se esperava que reagisse. Os aliados também, sobretudo quando começam a achar que algo não está saindo do jeito que queriam, ou esperavam.as idéias que até então pareciam ser as mais inteligentes do mundo correm o risco sério de se desmanchar; os comandantes presentes ao campo vão perdendo pouco a pouco sua feição serena, própria aos estrategistas, e assumindo o rosto do jogador que manda para o espaço seus planos de ações anteriores e sai com tudo em busca da carta que vai salvar a noite. A campanha presidencial de 2010, que na semana passada consagrou enfim a ministra Dilma Rousseff como candidata oficial do governo e do PT, promete oferecer mais uma boa oportunidade para verificar como vão conviver nos próximos meses o plano-mestre que o mundo oficial elaborou para ganhar as eleições e o que acontecerá, de fato, no mundo das realidades.

O que se pode dizer no momento é que o projeto eleitoral do governo, obra cuja autoria principal é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um grande alicerce central –convencer o público de que as eleições presidenciais de outubro próximo estão sendo disputadas pelo próprio Lula e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.É o tal “plebiscito” de que o governo tanto tem falado nos últimos tempos. Mais do que escolher o nome do próximo presidente da República, o eleitorado teria que julgar o desempenho do presidente atual e compará-lo com o do seu antecessor; deveria dizer, em termos de “sim” ou “não”, se aprova esse desempenho ou, então, se ele é melhor do que o de FHC. Caso o eleitor entenda o espírito da coisa, a fatura estaria praticamente liquidada. Lula está tão convencido de que seu governo é uma obra-prima, e de que o seu adversário é o pior de todos os tempos, que o eleitorado não terá alternativa, em 3 de outubro, a não ser votar “sim”, ou nele.A dificuldade principal desse plano é que Lula e Fernando Henrique não são candidatos a cargo nenhum. Seus nomes e retratos não vão aparecer na tela de votação, no dia das eleições; em seu lugar o cidadão terá diante de si os candidatos reais, e só poderá escolher entre eles. E ai?

Ai, para a superior estratégia oficial dar certo, e para todos os efeitos práticos, o eleitor terá de clicar em “Dilma” e não no seu principal adversário, possivelmente o governador José Serra, ou em qualquer dos demais candidatos. Lula e os cérebros políticos que os cercam apostam que será assim. Bom mesmo, para o governo, seria se a Constituição tivesse mudada e e o presidente pudesse estar disputar um terceiro mandato, como se sonhou durante algum tempo; mas acabou não dando certo, e o que sobrou de mais próximo a isso foi o plano ora em execução. Suas chances de sucesso começam a com a utilização, como jamais se viu antes nesse país, da máquina pública em favor da candidatura oficial. Continuam com a vantagem no tempo de propaganda pelo rádio e televisão. Contam, sempre, com uma arma que Lula maneja melhor que ninguém: a técnica de inventar inimigos, como Fernando Henrique apontou recentemente, para travar batalhas imaginarias. Esses inimigos não têm nome: são “eles”, apenas. Podem, portanto, ser acusados de absolutamente tudo. “Eles” vão acabar com o Bolsa Família. “Eles” vão acabar com as “obras do PAC”, que incluem, na interpretação oficial, tudo o que está sendo construído em algum lugar do Brasil por governos estaduais e municipais, empresas estatais e companhias privadas. “Eles” vão entregar as estatais ao capital estrangeiro. “Eles” querem que a oposição ganhe as eleições porque não se conformam que Lula esteja um governo “em favor dos pobres”. Há, enfim, a fé sem limites na própria superioridade. A candidata Dilma, inclusive, parece ter descoberto uma formula para calcular, matematicamente, quando o governo Lula é melhor que o anterior. Segundo a conta da ministra, é “400 vezes” melhor.

O presidente, além disso, acaba de lembrar que ganhou prêmios dos jornais El País e Le Monde e que Fernando Henrique não ganhou nada de nenhum dos dois; o que mais o eleitorado poderia querer? Respostas, mesmo, só depois que a batalha começar''.


obs:os destaques em verde são os argumentos do autor,e o de vermelho é a tese.

(autor: J R Guzzo)






ELEIÇÕES 2010

Estamos diante de um ano de muita agitação, comemorações de São João, a Copa do mundo, ou simplesmente mundial como alguns preferem denominar, e a ‘’magnífica festa da Democracia’’que traduz-se em campanha presidencial de 2010, será o momento de decidirmos quem estará a presidir o nosso país; os principais candidatos à presidência são: Dilma Roussef, José Serra, Marina Silva, e Ciro Gomes; de acordo com Guzzo, autor de: “Os nomes na tela’’ tem-se a idéia que essa campanha eleitoral resume-se a Lula, atual presidente da República, e o ex- Fernando Henrique Cardoso.

O articulista ainda faz várias insinuações de oposição a administração vigente, quando diz que: “Lula maneja uma arma melhor do que ninguém’’ segundo Guzzo seria a técnica de inventar inimigos como o FHC, travando dessa forma batalhas imaginárias; mas não trata-se disso, é incontestável que o Brasil jamais teve ao longo de sua árdua História um figura política como Luis Inácio Lula da Silva, ele tem a cara do povo, é do povão, popular, procedente de família humilde, e no conceito das grandes massas ele tem o valor de um herói, vê-se que um fantástico marco de Lula é sua potencial popularidade comparado a outros políticos, até J.R reconhece em seu artigo ao afirmar que Lula ganhou prêmios dos jornais El País e Le Monde; a chefia anterior não ganhou nada; por que? a resposta é direta:o FHC é um homem intelectual, tem formação acadêmica, não resta dúvidas quanto ao seu currículo, porém é impopular; vários programas geridos nesse governo, salvou, ofereceu oportunidades que em administrações anteriores não existiram ou não aconteceram; são eles ou pelos menos alguns: Bolsa Família, Pro-uni (universidade para todos) o Pac- programa de aceleração do Crescimento, outro que tem sido campeão de sucesso é “O minha casa, minha vida”; consiste na liberação de crédito, financiamento direcionado as pessoas que ainda não fizeram do sonho da casa própria uma realidade, o Pró-Jovem, que oferece aos jovens a chance de concluir o ensino básico e fazer um curso profissionalizante.

É indispensável o eleitor avaliar por todos os ângulos os projetos, quem trabalhou mais, ou menos, quem destacou-se; quais foram as grandes realizações, principalmente a ficha dos candidatos que neste momento apresentam-se; lembrando que Dilma é sim pretendida ao cargo, mas não podemos vê-la como forma de perpetuar o poder do Lula, ela teve outras posições, funções; e como qualquer outra pessoa ela tem o Direito de galgar um degrau maior;é perda de tempo agarrar-se a um argumento de ‘’perpetuação do poder petista’’; bom, só resta desejar boas eleições e que o eleitorado analise de forma consciente os dois pratos da balança!



texto publicado em:04/09/10 Autoria- Luanna Machado